Os responsáveis pela investigação acreditam que este estudo tem aplicações práticas.
Um grupo de investigadores partilhou uma série de estudos na revista científica Advancing Physics onde afirma que é possível “acelerar, abrandar e reverter o fluxo do tempo dentro de sistemas quânticos”. Significa isto que partículas quânticas (que servem como ‘fundação’ para toda a realidade) podem ser rejuvenescidas ou revertidas a estados anteriores.
“Num cidade, um filme é projetado do início até ao fim independentemente do que a audiência quer. Mas, em casa, temos um comando para manipular o filme. Podemos voltar atrás para uma cena anterior ou passar à frente várias cenas”, explica um dos investigadores, Miguel Navascués, ao El País.
A equipa de investigadores conseguiu desenvolver um “protocolo” que permite reverter qualquer partícula (seja ela um eletrão ou protão) para um estado anterior. No entanto, será que esta experiências com mundos quânticos pode ser transferida para sistemas maiores e, quem sabe, para seres humanos?
“Se conseguíssemos fechar uma pessoa numa caixa sem qualquer influência externa, em teoria seria possível. Mas com os nossos protocolos atuais, a probabilidade de sucesso seria muito, muito baixa”, pode ler-se no estudo.
Significa isto que a descoberta não se trata de uma máquina do tempo, mas sim de um significativo passo em frente na forma como percebemos o mundo quântico e, por conseguinte, do nosso universo.
No que diz respeito a aplicações práticas, a equipa acredita que esta experiência tem “aplicações tecnológicas”. “Por exemplo, um protocolo de retrocesso em processadores quânticos pode ser usado para reverter erros ou desenvolvimentos indesejados. Investigações futuras podem incluir implementações não ópticas do protocolo e extensões a dimensões mais elevadas”, nota outro dos investigadores, Philip Walther.