Membros fundadores do BRICS, China e Brasil, juntamente com a recém-chegada Arábia Saudita, estão discretamente se desfazendo de suas participações em títulos do Tesouro dos EUA. Novos números do Departamento do Tesouro dos EUA mostram que a propriedade chinesa de títulos do Tesouro caiu de US$ 835,4 bilhões no início de julho para US$ 821,8 bilhões no final do mês – uma queda de US$ 13,6 bilhões1. Enquanto isso, o Brasil, membro do BRICS, reduziu suas participações no Tesouro em US$ 2,7 bilhões no mesmo período, de US$ 227,4 bilhões para US$ 224,7 bilhões1. A Arábia Saudita também reduziu suas participações de US$ 108,1 bilhões para US$ 109,2 bilhões, uma redução de US$ 1,1 bilhão1.
Além disso, a Índia, membro fundador do BRICS, viu seu tesouro diminuir de US$ 235,4 bilhões em junho para US$ 233,1 bilhões em julho1. Os Emirados Árabes Unidos, outro membro entrante do BRICS, reduziram suas participações no Tesouro em US$ 300 milhões, de US$ 65,2 bilhões em junho para US$ 64,9 bilhões em julho1. Adam Kobeissi, fundador e editor-chefe da The Kobeissi Letter, afirma que a venda agora é impossível de ignorar. “Desde o pico há cerca de uma década, a China descarregou quase US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA. Por que a China está vendendo títulos do Tesouro dos EUA tão agressivamente? Uma resposta é uma possível desaceleração de sua economia. Outra é que isso pode fazer parte de uma mudança estratégica mais ampla. Independentemente disso, essa é uma tendência que não se pode ignorar”1.
A venda de títulos do mercado e um rápido aumento nos rendimentos do Tesouro têm desencadeado o caos financeiro nos últimos dias e semanas1. Essa movimentação dos países do BRICS pode ter implicações significativas para a economia global e a estabilidade financeira, e é importante acompanhar de perto essas mudanças e suas possíveis consequências.