Em diversas cidades brasileiras, milhares de pessoas tomaram as ruas para protestar contra uma nova lei de aborto que tem gerado grande controvérsia. A legislação, recentemente aprovada pelo Congresso, restringe ainda mais o acesso ao aborto, permitindo-o apenas em casos de estupro, risco de vida para a mãe ou anencefalia do feto.
Os manifestantes, compostos por uma ampla gama de grupos sociais, incluindo ativistas de direitos das mulheres, profissionais de saúde e estudantes, expressaram sua indignação com a nova lei. Eles argumentam que a medida representa um retrocesso significativo nos direitos reprodutivos das mulheres e pode levar a um aumento nos abortos clandestinos e inseguros.
Em São Paulo, a maior cidade do país, a Avenida Paulista foi palco de uma das maiores manifestações. Cartazes e faixas com mensagens de apoio ao direito de escolha das mulheres foram erguidos, enquanto os manifestantes entoavam cânticos pedindo a revogação da lei. Em Brasília, a capital federal, os protestos se concentraram em frente ao Congresso Nacional, onde os manifestantes exigiram que os parlamentares reconsiderassem a legislação.
A nova lei tem sido alvo de críticas não apenas de grupos de direitos humanos, mas também de organizações internacionais que defendem os direitos das mulheres. Especialistas alertam que a restrição ao aborto pode ter consequências graves para a saúde pública, especialmente para mulheres de baixa renda que não têm acesso a serviços de saúde de qualidade.
A mobilização popular contra a lei de aborto no Brasil reflete uma crescente conscientização e resistência em relação aos direitos reprodutivos, destacando a importância de políticas públicas que respeitem a autonomia das mulheres sobre seus próprios corpos.