As enchentes no Brasil são um fenômeno recorrente e devastador, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas. A principal causa dessas enchentes é a urbanização acelerada e descontrolada. À medida que as cidades crescem rapidamente, muitas vezes sem o planejamento adequado, o solo natural, que anteriormente absorvia a água da chuva, é coberto por asfalto e concreto. Isso impede que a água se infiltre no solo, aumentando significativamente o volume de água que escoa superficialmente durante as chuvas intensas.
Além disso, muitas áreas urbanas são construídas sem a infraestrutura necessária para manejar esse aumento no escoamento superficial. Sistemas de drenagem inadequados ou mal conservados são incapazes de lidar com as quantidades crescentes de água, resultando em inundações frequentes e severas. Essas enchentes não apenas causam danos materiais significativos, mas também representam sérios riscos à saúde pública, uma vez que a água estagnada pode se tornar um criadouro para doenças transmitidas por vetores, como a dengue e a zika.
Para mitigar esse problema, é crucial que haja um planejamento urbano mais rigoroso e sustentável. As cidades precisam implementar políticas que incluam a construção de infraestrutura de drenagem adequada, a preservação de áreas verdes que facilitam a infiltração de água e a adoção de soluções de engenharia inovadoras, como pavimentos permeáveis. Essas medidas não só ajudarão a reduzir a incidência de enchentes, mas também contribuirão para a criação de ambientes urbanos mais saudáveis e resilientes.